Debandada no time de Guedes e mais 5 temas que podem mexer com a Bolsa
Veja no Café com Mercado, do UOL, seis assuntos que podem afetar o mercado nesta sexta-feira (22).
1) Baixas no time de Guedes - Depois do anúncio de uma possível manobra que muda o cálculo do teto de gastos para liberar quase R$ 84 bilhões para o governo Jair Bolsonaro (sem partido) gastar em 2022, o Ministério da Economia sofreu baixas.
Na quinta (21), depois do fechamento de mercado, quatro secretários pediram demissão de seus cargos.
São eles o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal; o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt; a secretária especial-adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas; e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araújo.
Funchal e Bittencourt são considerados os "homens fortes" da equipe do ministro Paulo Guedes.
A debandada pode fragilizar ainda mais a confiança dos investidores na capacidade do governo de manter as contas em ordem. E certamente o mercado vai responder a essas saídas na sessão desta sexta-feira (22).
2) Teto de gastos - Na quinta-feira (21), o governo acertou uma alteração no cálculo do teto de gastos para 2022, para abrir um espaço de R$ 40 bilhões no Orçamento para o próximo ano.
Com a proposta que parcela o pagamento dos precatórios, o governo terá um total de quase R$ 84 bilhões para bancar o Auxílio Brasil a R$ 400 e as emendas parlamentares.
O relator da PEC que permite o parcelamento dos precatórios, Hugo Motta (Republicanos-PB), apresentou na quinta-feira (21) o novo relatório do projeto já com a alteração proposta pelo governo.
Mesmo que as medidas garantam dinheiro para o programa, o mercado teme que o governo gaste mais do que pode.
Só a notícia da manobra fez a Bolsa desabar 2,75%, o menor patamar desde novembro de 2020. Já o dólar disparou 1,92%, para o maior patamar desde abril deste ano.
Segundo analistas ouvidos pelo UOL, se essa incerteza sobre o teto se prolongar, o dólar pode encostar nos R$ 6 ainda neste ano.
3) Greve dos caminhoneiros - Na quinta-feira (21), um grupo de caminhoneiros bloqueou o acesso a bases de abastecimento de combustível na região de Campos Elíseos, município de Duque de Caxias (RJ).
O protesto é uma manifestação contra o aumento do preço do diesel e contra a política de preços da Petrobras.
Diante da pressão da categoria, Bolsonaro anunciou ontem (21) a criação de um benefício para os caminhoneiros, mas não informou a fonte de financiamento do programa.
Uma paralisação dos caminhoneiros pode pressionar ainda mais a inflação no país, além de colocar ainda mais fogo no cenário político brasileiro.
4) ICMS - Também na quinta (21), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que os estados não são responsáveis pelo aumento do preço da gasolina e deseja trazer a Petrobras (PETR3) para o debate.
A questão do aumento do preço do combustível é um assunto que está no radar dos investidores, pois, além de pressionar a inflação no país, coloca em risco a liberdade da Petrobras (PETR3) de decidir sobre sua política de preços —assunto que já veio à tona diversas vezes nas últimas semanas.
5) Resultados - Nesta sexta-feira (22), a Hypera Pharma (HYPE3) abre a temporada de divulgação de resultados do terceiro trimestre de 2021 aqui no Brasil.
O balanço será publicado após o fechamento do mercado, mas a expectativa pela publicação pode movimentar as ações da companhia ao longo do dia.
Além disso, os investidores também já começam a se programar para as publicações que se intensificam na próxima semana.
6) Balança comercial - O Banco Central divulga, daqui a pouco, os dados do setor externo, que são os dados de importação e exportação, de investimentos diretos e gastos dos brasileiros no exterior.
O indicador mostra o apetite dos investidores estrangeiros e pode movimentar a Bolsa.
O programa Café com Mercado é apresentado pela fundadora e presidente da Atom S.A., Carol Paiffer.
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