Veja qual é o melhor investimento na Bolsa para quem quer começar com pouco

Você só faz aplicações em renda fixa e agora quer começar a investir na Bolsa? No Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, a planejadora financeira Vivian Rodrigues diz que existem três caminhos para investir em renda variável.

Ela aponta também qual é a melhor opção para o investidor iniciante.

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Leia abaixo a análise da planejadora financeira e assista ao trecho do programa do dia 22 de setembro.

O Papo com Especialista é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e é transmitido semanalmente, às quintas-feiras, das 16h às 17h.

Para também ter sua dúvida respondida no programa, envie sua questão para o Papo pelo email uoleconomiafinancas@uol.com.br.

Portas de entrada na Bolsa

Vivian diz que existem algumas possibilidades para investir na Bolsa:

• Montar uma carteira de ações por conta própria. "Você mesmo escolhe se vai colocar seu dinheiro na empresa 'x' ou 'y'. Mas você tem que saber analisar, decidir quanto vai colocar na carteira, olhar o preço de entrada e o preço de saída, etc. Você pode fazer assim, mas certamente eu não recomendo para quem está começando", declara.
• Via fundos de ações. Você terceiriza a decisão de onde investir para uma equipe especializada no assunto. É essa equipe que vai tomar as decisões.

Embora delegar as responsabilidades pelos investimentos seja uma opção melhor para o investidor iniciante, existe um custo.

"Mas naturalmente você tem que pagar por isso. Você paga na forma de taxa de administração e, em muitos fundos, também a taxa de performance", diz. Ou seja, você paga taxa conforme o capital que você investiu e também a sua rentabilidade. "Se render acima da meta, você tem que pagar essa taxa extra, porque a equipe superou a meta", afirma.

Mas como saber o que é bom ou ruim para mim?

Vivian afirma, no entanto, que mesmo que você escolha investir via fundos de ações, isso não vai eliminar a decisão e a análise que cabe a você fazer. "Mas há um problema: existem muitos bons fundos de ações no país, assim como outros que são péssimos, que têm taxas muito altas, mas não conseguem entregar uma rentabilidade que acompanhe ou supere o Ibovespa [índice da Bolsa brasileira]", afirma.

Vivian diz que não vale olhar para a rentabilidade passada. "Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura", declara.

Para escolher um fundo de ações, é preciso fazer análises da lâmina do fundo, entender quais são as regras, como poder fazer investimentos no exterior ou alavancar (operar um valor maior do que tem em conta). "E para quem está começando essa é uma análise um pouquinho mais difícil de se fazer mesmo", afirma.

Uma dica, diz ela, é consultar as casas de análise, que têm indicações de fundos de ações. "Elas já fazem um filtro dos fundos de ações existentes no mercado. Daí você consegue escolher dentro desse filtro", diz.

ETFs: 3ª opção para investir na Bolsa

Vivian diz que uma opções para aplicar na Bolsa, sem precisar fazer essa análise, é investir em ETFs (Exchange Traded Fund) —fundos de investimentos negociados no mercado atrelados aos índices das Bolsas de Valores, como o Ibovespa.

"Você investe em um fundo passivo, que cobra uma taxa pequena e que replica o Ibovespa. A equipe deste fundo não escolhe absolutamente nada; ela só olha para quais empresas estão compondo o Ibovespa a cada momento e compra aquelas empresas na mesma proporção, replicando esse índice", afirma.

Segundo ela, dessa forma, você elimina a decisão e a análise de quais empresas comprar ou para quais gestoras e fundos você deve terceirizar esse serviço. "Você simplesmente vai lá e compra ETFs diretamente e já estará exposto à renda variável", afirma.

Onde comprar ETFs? A planejadora financeira diz que a compra pode ser feita via "home broker", na tela da sua corretora ou banco. O investimento inicial é em torno de R$ 100.

"Se você quer dar o primeiro passo na renda variável, investir em ETFs é uma boa opção, pela simplicidade. Você elimina o trabalho de análise e reduz muito os custos desse investimento", diz.

É possível investir na Bolsa com pouco dinheiro?

Sim, diz Vivian. Segundo ela, o valor para investir em ETFs, por exemplo, gira em torno de R$ 100. "Não é um valor cravado, porque a Bolsa vai variando, e essa cota também, mas é algo próximo desse valor", afirma.

Ela rebate o mito de que renda variável é para quem tem muito dinheiro ou para quem é arrojado. "Comece com um percentual bem pequeno [de 1% ou 2% da carteira] e vá aumentando à medida que você for ficando confortável com a volatilidade. Aproveite esse primeiro investimento como algo educacional também, para você entender como aquilo funciona", declara.

Para ela, o ideal é que você chegue ao seu perfil de investidor aos poucos. "Na renda variável, você não investe para curto prazo, mas em um prazo acima de dez anos. Então, se você demorar um ou dois anos para chegar a um perfil de investidor com o qual você se sinta confortável, tudo bem. Vá com calma e cuidado com a ânsia de fazer tudo de forma muito intensa e perigosa nesse começo", declara.

Papo com Especialista é semanal

O programa Papo com Especialista é transmitido às quintas-feiras, semanalmente, das 16h às 17h, na página inicial do UOL, no UOL Economia e no UOL Investimentos, e é exclusivo para assinantes. Reveja programas anteriores aqui.

Você pode enviar perguntas ao Papo pelo email uoleconomiafinancas@uol.com.br —elas podem ser respondidas no programa.

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