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Subsídio de R$ 9,5 bi a diesel não vai afetar contas públicas, diz ministro

Cristiane Bonfanti

Do UOL, em Brasília

28/05/2018 10h48

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta segunda-feira (28) que a meta de economia estabelecida para as contas públicas em 2018 está mantida mesmo com o acordo anunciado para encerrar a greve dos caminhoneiros no Brasil, mesmo com o subsídio de R$ 9,5 bilhões ao diesel.

A meta do governo para 2018 é de um resultado negativo de R$ 159 bilhões nas contas públicas. Esse número diz respeito à diferença entre as receitas e despesas do governo e significa a economia que a União faz para pagar os juros da dívida pública.

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Nas contas da equipe econômica, a redução de R$ 0,46 prometida no preço do litro do diesel terá um impacto de R$ 9,5 bilhões no Orçamento em 2018. Desse total, R$ 5,7 bilhões são uma “sobra” no Orçamento e outros R$ 3,8 bilhões virão a partir de cortes nas despesas que serão feitas ao longo do ano.

Que despesas serão cortadas?

Guardia disse que, ao longo do dia, definirá em parceria como Ministério do Planejamento que despesas poderão ser cortadas.

O ministro da Fazenda afirmou que, nos R$ 0,46 de redução previstos no preço do diesel, já estão incluídos os R$ 0,23  que haviam sido anunciados anteriormente pela Petrobras.

"A Petrobras já havia anunciado uma redução de R$ 0,23. Então, esses R$ 0,23 de redução de preço já praticado pela Petrobras estão dentro evidentemente da redução de R$ 0,46 que queremos atingir", afirmou, durante entrevista na sede do Ministério da Fazenda.

Impacto reduzido sobre a economia, diz ministro

Guardia disse que, agora, o fundamental é que as atividades de transporte de carga sejam retomadas rapidamente.
Na opinião do ministro, o impacto da greve sobre a economia será “reduzido”.

“O impacto sobre o crescimento é reduzido. Foi forte, concentrado no tempo, e pode se normalizar rapidamente”, disse.

Questionado sobre a alteração nos preços dos combustíveis [com pouco combustível e a demanda alta, postos elevaram os preços ao longo da última semana], Guardia afirmou que esse é um “choque temporário”.

“Isso foi um choque temporário em função do desabastecimento. Uma vez normalizado o abastecimento, não há motivo para o preço do combustível ficar fora do patamar normal. Isso não deve alterar a tendência de comportamento dos preços”, afirmou.

"Essa redução [no preço do diesel] é consistente com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com a meta de resultado primário [economia do governo] para o ano", disse.