Mídia e Marketing #78: João Livi, CEO da agência Talent Marcel
Renato Pezzotti
Colaboração para o UOL, em São Paulo
30/03/2021 04h01
Criada em 2011, a campanha "Pergunta Lá", do Posto Ipiranga, é uma das antigas em veiculação na TV. Qual o grande segredo para tanto sucesso? O podcast Mídia e Marketing desta semana recebe João Livi, CEO da agência Talent Marcel, criadora dos comerciais.
"Na época, fizemos uma proposta mercadológica sobre o 'grande centro de conveniência' que facilita a vida das pessoas, e que representasse o 'posto completo esperando por você'. A campanha tinha seis comerciais diferentes, mas apostávamos que esse iria se destacar porque tinha todos os aspectos de sucesso: simplicidade, humor e vendas", diz (no vídeo acima, este trecho está a partir de 20:10).
O executivo também comenta sobre as ações realizadas pelas marcas durante a pandemia. "Os clientes, de maneira geral, também foram atingidos pelos mesmos problemas. Eles fizeram o que podiam e deviam. As marcas têm que se posicionar de forma a fornecer produtos, serviços e inovações que ajudem as pessoas. E as marcas têm um papel de fornecer esperança que é muito importante", declara (a partir de 1:21).
Mas, ao tentar abrir diálogos com os consumidores, algumas marcas falam sobre assuntos que não têm propriedade e são criticadas por isso. O CEO da Talent, que trabalha como criativo há 3 décadas, deixa um recado para as empresas.
"Você, eu, quem está nos ouvindo, todo mundo tem um estilo. E todo mundo erra. As marcas também não precisam perfeitas o tempo todo. Elas podem se manifestar sobre assuntos polêmicos - e podem pedir desculpas depois. 90% da lacração ou da porrada nas marcas não tem consequência nenhuma", diz (a partir de 32:17).
Livi ainda fala sobre as principais transformações que as agências de publicidade têm atravessado.
"O segredo não é ser moderno: é ser contemporâneo. Precisamos analisar as causas das mudanças, analisar as causas das transformações, em todos os aspectos da vida. Temos nos estruturado fortemente na direção de 'cultura de transformação'. O modelo vai ser diferente: mais ágil, mais rápido", afirma (este trecho está a partir de 9:38).