A atual calmaria no mercado das criptomoedas pode ser abalada, já que uma custodiante (a Prime Trust) está sendo acusada pela autoridade financeira do estado americano de Nevada de usar dinheiro dos clientes para encobrir um rombo financeiro.
O caso traz à tona, após várias situações semelhantes em 2022, os riscos de se confiar em empresas desqualificadas para gerir o patrimônio de bitcoin (BTC) e outros criptoativos.
Quer entender a história e aprender como evitar cair nesse tipo de fraude? Vem com a gente!
O que é a Prime Trust?
A Prime Trust é uma custodiante de criptoativos, ou seja, ela oferece o serviço de armazenamento de moedas digitais para outras empresas. Porém, no final de junho, começaram a circular rumores sobre possíveis problemas financeiros na companhia, segundo o portal Coindesk.
Há alguns dias, o estado de Nevada, por meio da sua Divisão Financeira de Instituições, ou FID, na sigla em inglês, ordenou a Prime Trust a suspender as atividades, tendo em vista que estava operando sob "déficit substancial".
Na sequência, a FID solicitou a recuperação judicial da empresa. Isso significa que a FID tomou o controle da companhia, que será repassado para um terceiro para proteger o dinheiro dos credores, que são aqueles que têm créditos a receber da custodiante.
O rombo ocorreu, de acordo com a FID, porque a Prime Trust perdeu o acesso a diversas carteiras de criptoativos. Para encobrir o problema e fingir normalidade, ela supostamente utilizou o dinheiro dos clientes para continuar operando.
A manobra financeira da custodiante deve custar caro aos clientes, já que ela deve quase US$ 86 milhões, mas possui apenas US$ 2,9 milhões em dinheiro. A Prime Trust, por sua vez, suspendeu saques e depósitos e afirmou, em nota, que está trabalhando para reverter a situação.
Como evitar esse tipo de problema?
Casos como o da Prime Trust expõem os riscos de confiar o patrimônio a companhias que possuem pouca solidez no mercado financeiro.
Por conta dos problemas recentes, a custodiante americana está se juntando ao problemático time de empresas que se afundaram em dívidas e causaram prejuízos aos clientes, como Celsius, Genesis, BlockFi, FTX e Voyager Digital.
Assim, é importante que os investidores tomem algumas precauções na hora de colocar seu dinheiro em corretoras, custodiantes e outras empresas do setor cripto, como:
Verificar se a empresa é bem estabelecida no mercado.
Procurar informações sobre os controladores e a diretoria da companhia.
Conferir a opinião dos clientes nas redes sociais e em sites como o Reclame Aqui.
Evitar utilizar serviços de empresas que não possuem registro no Brasil.
Para usuários mais avançados, utilizar carteiras privadas e manter o controle sobre as próprias chaves.
Vale salientar que é impossível excluir totalmente os riscos de se utilizar os serviços de qualquer empresa, seja ela do mercado financeiro ou não. Porém, com algumas medidas simples, você consegue diminuir esses riscos e investir com segurança.
Para se aprofundar no universo dos criptoativos, acompanhe os artigos do PagBank no UOL Economia!
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