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Investimentos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto, são seguros?

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/08/2021 04h00

Muitos investidores, principalmente os iniciantes, têm dúvidas sobre a segurança dos investimentos na renda fixa, como é o caso de CDBs, títulos do Tesouro Direto, debêntures e outros. Afinal, investir nesses títulos é seguro ou não? No Papo com Especialista, programa semanal e ao vivo do UOL, o economista César Esperandio disse que a renda fixa é um "campo muito vasto", mas muitos títulos são considerados os mais seguros do país.

Leia abaixo que títulos são esses, e que garantias os investimentos de renda fixa têm. O Papo com Especialista é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e é transmitido toda quinta-feira, às 15h.

Tesouro Direto é o mais seguro

Dentre os investimentos de renda fixa, os títulos do Tesouro Direto são de longe os mais seguros do país.

Por quê? Ao investir no Tesouro Direto, afirmou Esperandio, você conta com a robustez do Tesouro Nacional. "Em qualquer país, os títulos do Tesouro Nacional são considerados os mais seguros", declarou ele, que também é do canal Econoweek.

Primeiro, porque nunca houve histórico de calote do Tesouro Direto do Brasil. "Ou seja, todo mundo que investiu nesses títulos pegou no vencimento a sua grana de volta com a rentabilidade combinada, e também quem resgatou antes conseguiu", afirmou Esperandio.

Outro motivo, disse o economista, é que, para o Tesouro Nacional decretar falência, grande parte das empresas do país precisaria já ter quebrado antes —e isso inclui os maiores bancos do país. Só para você ter uma ideia, os quatro bancões que estão listados em Bolsa tiveram um lucro líquido 90% maior no segundo trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado.

Ou seja, para o Tesouro Direto quebrar, a quebradeira no país teria de ser generalizada —algo quase impossível de acontecer.

E os outros investimentos de renda fixa?

Investimentos como CDBs —títulos de bancos —também tem seu grau de segurança. Isso porque, eles estão na lista dos ativos cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos). E o FGC tem caixa suficiente para cobrir suas perdas se os pequenos bancos donos desses títulos quebrarem.

Mas é importante lembrar a regra: para entrar na cobertura do FGC, é preciso que você tenha um limite total de R$ 1 milhão investidos, sendo obrigatoriamente até R$ 250 mil por instituição financeira.

"Se você investir até R$ 250 mil num título privado de uma instituição financeira, o seu dinheiro está 100% protegido", afirmou.

Para Esperandio, para não ultrapassar esse limite, é recomendável investir menos que R$ 250 mil em cada título.

"A hora que a rentabilidade for crescendo, por conta dos juros compostos diários, o valor continua dentro do guarda-chuva de R$ 250 mil por instituição financeira. Toda a rentabilidade que ultrapassar o teto de R$ 250 mil deixa de estar protegida. Essa a lógica", disse.

O especialista ainda alerta: na hora de investir, é importante sempre checar se o título é ou não protegido pelo FGC.

Tem algum título de renda fixa sem garantia?

Letras de Câmbio (LCs), Letras Hipotecárias (LHs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), de Crédito o Agronegócio (LCAs), certificado RDB (Recibo de Depósito Bancário), e poupança também têm a cobertura do FGC.

Agora, as debêntures, CRIs e CRAs, também títulos de renda fixa, não têm essa proteção. Como saber se esses investimentos são seguros?

Para esses títulos, a dica é olhar o "rating", uma nota que agências classificadoras de risco dão para as instituições financeiras e que mede justamente o risco de essas instituições quebrarem ou pagarem seus investidores.

Quanto mais "A" você ver na plataforma de investimentos, mais segura é essa instituição. Essa classificação não é obrigatória, portanto, desconfie de títulos que não têm esse acompanhamento.

Papo com Especialista é toda quinta-feira

O programa Papo com Especialista é transmitido às quintas-feiras, das 15h às 16h, na página de investimentos do UOL, do UOL Economia e do UOL e é exclusivo para assinantes. Reveja programas anteriores aqui.

Você pode enviar perguntas ao Papo pelo e-mail uoleconomiafinancas@uol.com.br —elas podem ser respondidas no programa.

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