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Com juros em alta, é o momento de comprar títulos do Tesouro Direto?

Títulos do Tesouro Direto, que estão com excelentes rentabilidades, podem fazer parte da sua carteira de investimentos - Getty Images
Títulos do Tesouro Direto, que estão com excelentes rentabilidades, podem fazer parte da sua carteira de investimentos Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/03/2022 04h00

A taxa Selic passou de 2% ao ano, no início de 2021, para 10,75% ao ano, em fevereiro. Com os juros em disparada, o investidor quer saber se esta é a hora de comprar títulos públicos, do Tesouro Direto. No Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, o economista César Esperandio diz que "nunca há o melhor momento", mas sim excelentes rentabilidades.

Leia a explicação dele e assista abaixo ao trecho do programa do dia 10 de fevereiro. O Papo com Especialista é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e é transmitido quinzenalmente, às quintas-feiras, das 15h às 16h.

Tesouro Direto paga mais de 10% ao ano

No programa, Esperandio mostrou na plataforma do Tesouro Direto títulos com rendimentos acima de 10% ao ano. Exemplos:

- Tesouro Selic: paga a Selic mais um bônus;
- Tesouro Prefixado: rentabilidade acima de 11% nos três títulos (2024, 2026 e 2031) disponíveis;
- Tesouro IPCA: paga a inflação (que está na casa dos 10% ao ano) mais um bônus. O IPCA é o índice de inflação oficial do país.

"Isso quer dizer que esse é, desde sempre, o melhor momento para investir no Tesouro? Não. Eu jamais esperaria as taxas chegarem até aqui para começar a comprar títulos públicos. Afinal, o seu dinheiro deve estar investido, porque é a maneira mais segura de você guardar a sua grana. Não é na sua casa e não é na poupança", afirmou ele, que também é do canal Econoweek.

O Tesouro Direto é, segundo ele, o investimento mais seguro do país. "É mais seguro que a própria poupança, principalmente se comparado ao Tesouro Selic", disse.

Segundo o economista, o Tesouro Selic é recomendado para a reserva de emergência, cujo montante deve ser de 6 a 12 vezes o valor dos seus gastos médios mensais.

"Sempre que você tiver grana para investir, invista. Claro que não é de maneira indiscriminada, sem estabelecer uma estratégia. Nem sempre o Tesouro Direto é o investimento mais indicado para o momento de cada um; depende dos seus objetivos", afirmou.

Na renda fixa privada, você chega a encontrar títulos, como CDBs, que estão pagando acima de 14% ao ano. Vale consultar os títulos na plataforma App Renda Fixa.

Renda fixa ou renda variável?

Segundo Esperandio, dosar a carteira de investimentos entre aplicações em renda fixa e em renda variável (como ações, fundos imobiliários etc.) depende do seu perfil de investidor.

"Existe aquele investidor que aceita correr mais riscos em troca da possibilidade de ter rentabilidades maiores. Às vezes, ele tira a mão da renda fixa para deixar até 90% da carteira de investimentos em renda variável", afirma.

Mas ele declara que "o investidor conservador que prefere manter 100% de seus investimentos em renda fixa é totalmente pertinente. Claro que, para qualquer perfil de investidor, sempre precisa ter uma estratégia adequada a seus objetivos".

Vale ressaltar que as condições de investimentos citadas aqui são referentes ao dia 10 de fevereiro. As taxas podem variar de um dia para o outro.

Papo com Especialista é quinzenal

O programa Papo com Especialista é transmitido às quintas-feiras, quinzenalmente, das 15h às 16h, na página inicial do UOL, no UOL Economia e no UOL Investimentos, e é exclusivo para assinantes. Reveja programas anteriores aqui.

Você pode enviar perguntas ao Papo pelo e-mail uoleconomiafinancas@uol.com.br —elas podem ser respondidas no programa.

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