É hora de investir em ações? Veja como achar boas oportunidades na Bolsa
Títulos de renda fixa, que rendem conforme a taxa de juros e a inflação, estão atraentes no momento, com a Selic em 13,75% ao ano. Mas é um bom momento para investir no mercado de ações?
Bolsa pode ter oportunidades
São nesses momentos da Selic e inflação em alta que surgem as grandes oportunidades no mercado de ações. É o que diz Diego Barzotto, assessor de investimentos da Vértua Investimentos. Isso porque os investidores correm para a renda fixa e saem do mercado de ações. Por isso, muitas empresas podem estar com um valor abaixo do que realmente valem.
A orientação é analisar as companhias e o cenário em que se encontram. Os resultados do balanço financeiro do trimestre mostram se a empresa está indo bem ou mal, por exemplo. O investidor pode encontrar essas informações através de relatórios divulgados pelas companhias ou instituições financeiras.
Uma dica é focar em segmentos mais estáveis e que sejam capazes de enfrentar esse cenário de turbulência. É o que diz o analista da Toro Investimentos, Lucas Serra. Os setores de energia, saneamento, mineração, petróleo e gás, por exemplo. Mas, não quer dizer que está impune de riscos e podem sofrer choques de curto prazo, sobretudo por dependerem do preço das commodities e se tratar de renda variável.
Quando o cenário deve mudar?
Especialistas estão otimistas com a Bolsa. Com dados positivos tanto na economia do Brasil quanto dos Estados Unidos, além do avanço da nova regra de controle de gastos do governo e redução de incertezas com a Petrobras, eles acreditam que a Bolsa tem potencial para subir até o fim do ano.
O mercado já vê o médio prazo com bons olhos. Isso pode trazer um período de alta na Bolsa.
Para quem quer começar a investir, pode ser um bom momento. O investidor pode aproveitar o momento e começar a comprar ações de boas empresas, que podem se beneficiar das prováveis quedas nas taxas de juros em um futuro próximo.
A visão a partir daqui, de acordo com o boletim Focus, é de que as coisas melhorem, já fechando 2023 com uma taxa de 12,50% ao ano.
Diego Barzotto, assessor de investimentos da Vértua Investimentos
Além disso, ao se tratar de ações, é recomendado ter uma visão de longo prazo, pensando em um horizonte de tempo maior.
Lucas Serra, analista da Toro Investimentos
E quais ações valem a pena?
O analista da Toro Investimentos selecionou as principais ações no momento. A escolha foi através dos fundamentos das empresas e perspectivas futuras.
Vale (VALE3): A empresa apresenta solidez em termos operacionais e financeiros. Além disso, o minério de ferro produzido pela Vale possui qualidade elevada, sendo negociado muitas vezes com prêmio no mercado internacional.
Equatorial (EQTL3): A companhia atua em um setor estável e possui receita e fluxos de caixa previsíveis. Também apresenta boa diversificação no seu portfólio de ativos, se posicionando como única concessionária em alguns estados, como Maranhão e Pará.
Itaúsa (ITSA4): A holding possui participação em outras empresas como Itaú, XP, Alpargatas e Copa Energia. A companhia também se posiciona como destaque em critérios ESG, o que vem sendo observado cada vez mais de perto pelo mercado. E se destaca nos pagamento de proventos.
Prio (PRIO3): A empresa vem reduzindo o seu custo de extração, tornando a operação mais rentável. Também possui caixa líquido, o que traz conforto para a realização de investimentos ou novas aquisições.
Sanepar (SAPR11): A companhia opera em um setor significativamente estável, considerado como essencial. A Sanepar se posiciona como uma monopolista, o que traz resiliência e previsibilidade na geração de caixa. Apresenta bom histórico de pagamento de proventos aos acionistas.
Fuja das empresas endividadas e sem lucro
Ações que não geram lucro devem ser evitadas. Isso vale não só para cenários como o atual, mas sempre que vamos fazer qualquer tipo de investimento em Bolsa, diz Barzotto.
Vale fugir de ações de empresas mais endividadas. Algumas empresas crescem muito de forma rápida e, por isso, se tornam as queridinhas do mercado. Mas, em momentos de taxa de juros elevada, são justamente as que mais sofrem, porque as suas dívidas ficam mais caras.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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