Nova alta dos combustíveis é 'desaforo', diz associação de caminhoneiros
A Petrobras anunciou mais uma alta no preço da gasolina e do diesel nas refinarias nesta segunda-feira (21), em meio a protestos de caminhoneiros contra o alto custo dos combustíveis. A decisão foi vista como um "desaforo a todos os trabalhadores brasileiros" pela Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), que organiza a greve.
"A Abcam entende o novo aumento do combustível como um desaforo a todos os trabalhadores brasileiros. Mas ela entende que essa atitude só fortalece as paralisações da categoria e incentiva que outros grupos de trabalhadores também passem a aderir ao manifesto", disse o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes.
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Os caminhoneiros reivindicam que as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins sejam zeradas, além da isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Os impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), que representa os donos de postos, também pede mudanças tributárias, afirmando que a política de preços da Petrobras está causando prejuízos ao setor.
Diesel na refinaria subiu 58% desde julho
Os caminhoneiros autônomos dizem estar no limite e afirmam que uma carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.
Os aumentos do diesel são resultado da nova política de preços da Petrobras, que repassa para os combustíveis a variação da cotação do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo. Nos últimos meses, o petróleo tem apresentado forte alta.
Desde 3 de julho do ano passado, quando o novo método de reajustes foi adotado, o preço do diesel comercializado nas refinarias subiu 57,78%. A inflação oficial no Brasil acumulada entre julho de 2017 e abril de 2018 (último dado disponível) é de 2,68%.
(Com Reuters)
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