Dólar cai no dia e fecha a R$ 3,88, mas encerra 2018 com valorização de 17%
O dólar comercial fechou em queda de 0,48% nesta sexta-feira (28), cotado a R$ 3,876 na venda, menor valor desde 20 de dezembro, quando fechou a R$ 3,852. Com o resultado desta última sessão do ano, o dólar encerra 2018 com valorização de 16,94%.
Na semana, a moeda norte-americana perdeu 0,53% e, em dezembro, ganhou 0,52%, no segundo mês seguido de alta.
Na quinta-feira (27), a moeda norte-americana havia caído 0,7%, a R$ 3,894.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Sessão do dia seguiu exterior
Nesta sexta, a moeda acompanhou a trajetória de queda vista nos mercados internacionais. As últimas sessões têm sido de instabilidade por causa das declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que criticou a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de elevar os juros no país mais uma vez na semana passada.
No Brasil, investidores ficaram de olho nas movimentações do futuro governo de Jair Bolsonaro, que toma posse na terça-feira (1º). Bolsonaro disse que vai passar um pente fino nas decisões tomadas nos últimos 60 dias da gestão Michel Temer e que a nova equipe econômica trabalha para reduzir o déficit primário no próximo ano.
Dólar subiu em 2018 afetado por decisões nos EUA
O dólar terminou 2018 com alta de 16,94%, superando a valorização de 15,03% do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, e das aplicações de renda fixa atreladas ao CDI (6,37%). Foi o segundo ano consecutivo de alta da moeda. Em 2017, o dólar subiu 1,99%, mas em 2016 a moeda recuou 17,69%.
A alta da moeda norte-americana frente ao real neste ano foi influenciada principalmente por fatores externos. O Fed aumentou a taxa básica de juros quatro vezes em 2018, para o patamar de 2,25% a 2,5% ao ano.
"O Fed adotou uma política monetária mais agressiva para evitar que a inflação acelerasse por causa da economia aquecida nos Estados Unidos", disse Pedro Galdi, analista da corretora Mirae, à agência de notícias Reuters.
O aumento dos juros nos Estados Unidos atrai para lá recursos atualmente investidos em outros países, como o Brasil. Esse movimento faz com que haja menos dólar por aqui, fazendo com que a cotação da moeda suba.
Eleições presidenciais
No cenário interno, a campanha eleitoral e as eleições presidenciais colaboraram para que o dólar apresentasse grandes oscilações ao longo do ano.
A moeda atingiu R$ 4,19 em 13 de setembro, sua maior cotação desde a criação do plano Real. Com a vitória de Jair Bolsonaro, em outubro, o dólar recuou, mas ainda fechou 2018 acima da cotação registrada no fim de 2017, de R$ 3,314.
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