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Coxinha de brigadeiro, pizza e crepe são vendidos no cone; veja franquias

Afonso Ferreira

Do UOL, em São Paulo (SP)

07/10/2013 06h00

Coxinhas de brigadeiro e doce de leite, pizzas, crepes e castanhas adocicadas são algumas opções de alimentos vendidos em cones. Franquias como a Coxinha Du Chef, Cone Pizza, Crepe Delícia e Nutty Bavarian se especializaram neste formato de entrega do produto.

O custo para abrir uma unidade varia de R$ 82,5 mil a R$ 202 mil. O faturamento médio mensal vai de R$ 15 mil a 100 mil, enquanto o prazo de retorno do investimento é de oito a 24 meses.

“A grande vantagem deste modelo é que ele oferece praticidade ao consumidor, que pode comer sem dificuldade enquanto caminha”, afirma a sócia-diretora da consultoria Franchise Store, Filomena Garcia.

No caso da Coxinha Du Chef, cada cone vem com 12 coxinhas. O preço é de R$ 3,50 para os sabores salgados (frango, calabresa, queijo e bife à parmegiana) e de R$ 4,50 para os doces (brigadeiro e doce de leite).

“Nas coxinhas doces, usamos açúcar na massa. Depois de pronto, o quitute pode ser passado no açúcar, cacau em pó e canela”, diz o sócio da franquia Renato Iarussi.

Na Crepe Delícia, os preços variam de R$ 7,90 a R$ 17,90. Os carros-chefes, segundo a dona da rede Marise Mandelli, são os sabores vegetariano (abobrinha, berinjela e tomate seco), portuguesa (presunto, ovo de codorna, tomate-cereja, cebola e milho) e sensação (morango com chocolate).

Os preços da Cone Pizza variam de R$ 5,90 a R$ 7,90 e inclui sabores como calabresa, marguerita e requeijão.

Já a Nutty Bavarian vende castanha-do-pará, nozes, amêndoas, castanha de caju, amendoim e macadâmias adocicadas. Os cones têm de 80 g a 160 g e custam de R$ 6 a R$ 17.

O segmento de alimentação é um dos mais estáveis entre as franquias. Em 2013, o faturamento do setor foi de R$ 20,57 bilhões, alta de 17,6% sobre o ano anterior (R$ 17,49 bilhões), de acordo com dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising).

Novos modelos de negócio oferecem mais risco

Para Filomena Garcia, por serem modelos de negócio relativamente novos e pouco testados, o risco do investimento é maior. “O empreendedor deve checar há quanto tempo o franqueador atua no mercado com unidades próprias. Abaixo de dois anos, o risco é grande”, diz a consultora.

Garcia afirma, ainda, que antes de investir na franquia, o empreendedor precisa avaliar se os sabores e a forma de consumo dos alimentos são adequados à realidade de sua região.

“Já houve lugares onde a pizza no cone não pegou, mas não significa que o modelo seja ruim. O interessado na franquia precisa perguntar se a matriz tem algum estudo sobre a aceitação do produto na região ou ele mesmo pode fazer uma pesquisa de opinião local.”

Comida no cone tem baixo ticket médio

Por serem alimentos rápidos, o ticket médio (valor médio gasto por um cliente) das franquias de comida no cone é baixo, de acordo com o diretor da consultoria Rizzo Franchise, Marcus Rizzo.

“Dificilmente um consumidor gastará mais de R$ 15 para se alimentar com este tipo de produto. Por isso, a loja precisará de volume de vendas para se manter”, declara.

Segundo Rizzo, esse modelo de franquia é mais indicado para locais com grande fluxo de passantes. “A característica deste negócio é estar no meio do caminho das pessoas e não ser um ponto de destino para o público”, diz.