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Lojas lançam joias e bijuterias inspiradas na Copa para vender a turista

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte (MG)

06/03/2014 06h00

Empresas de joias e bijuterias estão lançando coleções inspiradas na Copa do Mundo de olho no aumento de turistas no país durante o torneio. O preço das peças varia de R$ 5 (brinco de semente ou anel de tecido sintético) a R$ 120 mil (brinco de ouro branco com diamante).

Segundo o consultor do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) Marcelo Suzana, a expectativa é que 7 milhões de turistas estrangeiros e 60 milhões de brasileiros circulem pelas cidades-sede. "A maioria deve procurar 'lembrancinhas' para levar dos locais que visitou; as empresas devem investir em produtos diferentes e de qualidade", diz.

Empresas de bijuterias querem dobrar faturamento

Com vendas de 2.000 a 3.000 itens por mês, 80% desse total de bijuterias, a Virô Brasil tem a expectativa de dobrar suas vendas neste ano por conta da Copa. A empresa produz bijuterias com materiais próprios da região amazônica, como semente de jarina, açaí, saboneteira de macaco, buriti e cordões de tucum. Os preços das bijuterias variam de R$ 5 (brinco de semente) a R$ 50 (colar de semente e pedra).

A Loli Colpa, empresa de bijuterias de miçangas de papel, com ateliê em São Paulo (SP), também espera dobrar o faturamento neste ano. A empresária, que dá nome ao negócio, acredita que a receita mensal de R$ 3.000 possa pular para R$ 6.000 durante o torneio de futebol.

“Fizemos chaveiros, colares e pulseiras com temas relacionados ao Brasil. Diversos itens têm a bandeira brasileira estilizada”, afirma a empresária. A produção acompanha esse crescimento, passando das atuais 500 peças por mês para 1.000. Os preços variam de R$ 5 (anel de tecido sintético) até R$ 150 (colar de miçanga de papel). 

Outra empresa, a La Forme Bijoux, tem a expectativa de ampliar em 33% o seu faturamento neste ano por conta da Copa, passando de R$ 60 mil para R$ 80 mil. As peças têm preços que variam de R$ 15 (pulseira de miçanga) a R$ 350 (gargantilha).

A rede de lojas Chilli Beans também aproveita a temática da Copa em sua coleção “Manto Sagrado”. Os preços dos itens da linha variam de R$ 128 (um óculos) a R$ 498 (relógio em formato de estádio de futebol).

Empresária foca venda em hotéis e restaurantes

A joalheria Atelier Schiper foi outra que lançou joias com temas alusivos à Copa. A sócia-proprietária, Alessandra Schiper, tem a expectativa de ampliar em 15% sua receita anual, que é de R$ 3 milhões. Para isso, ela está atrás de parcerias para focar as vendas em hotéis e restaurantes.

Os anéis, pulseiras, brincos, gargantilhas e colares da marca representam o Maracanã, os Arcos da Lapa e o Cristo Redentor, entre outros locais famosos da capital fluminense. As peças têm preços que vão de R$ 300 (pingente de ouro amarelo) a R$ 570 (também pingente de ouro amarelo). 

Joalherias apostam em turista endinheirado, com peças de até R$ 120 mil

As joalherias também apostam em produtos inspirados no Brasil --em especial, no Rio--, mas buscam atrair o turista estrangeiro e brasileiro com alto poder aquisitivo. “Temos de fazer peças diferenciadas e apresentar produtos de qualidade”, afirma a sócia da joalheria Carla Amorim, Kelly Amorim.

A joalheria preparou as coleções “Nacional” e “Rio”, com peças inspiradas em locais da capital fluminense --Gávea, Barra da Tijuca, Urca e baía da Guanabara--, em regiões brasileiras --Jalapão, Araguaia e cataratas--, e em açaí e castanhas. 

Cada coleção tem 30 modelos de anéis, pulseiras, gargantilhas e colares, com preços que variam de R$ 2.000 (aliança de ouro amarelo, branco ou negro) a R$ 120 mil (brinco “cataratas”, ouro branco e diamante).

A H. Stern, por sua vez, relança o “Maracanã”, anel da marca que fez sucesso na Copa de 1950. “O anel tem uma pedra central oval, e ganhou esse apelido à época de forma espontânea. O novo Maracanã conserva as características do primeiro, mas, a exemplo do estádio, foi reformulado”, diz o embaixador da H. Stern, Christian Hallot. 

Os novos anéis, em ouro amarelo com a pedra central em ametista, topázio azul ou prasiolita, custam a partir de R$ 14,1 mil.

A joalheria Ãnima lançou a coleção “Alma Brasilis” inspirada em pássaros e elementos de religiões. São anéis, brincos, colares e pulseiras, em ouro amarelo e branco, com pedras de ametista, esmeralda, turmalina Paraíba e rubi. Os preços começam em R$ 1.000 (pingente de ouro amarelo). Algumas peças exclusivas, costuradas a mão com fios de ouro, chegam a custar R$ 40 mil.

As joalherias não revelam faturamento nem expectativa de venda durante o mundial.