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Lojas não devem exagerar no preço de lembrancinhas na Copa, diz consultor

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

06/03/2014 06h00

A Copa do Mundo deve aumentar as oportunidades de negócios para quem trabalha com lembrancinhas ligadas a joias e bijuterias, segundo o consultor do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) Marcelo Suzana.

Exagerar nos preços, no entanto, pode gerar encalhe de produtos e resultar no fracasso do negócio, afirma o especialista. “Em Londres, em 2012, as vendas de produtos alusivos às Olimpíadas foram um fracasso. Os preços eram proibitivos”, afirma.

"Os lojistas precisam oferecer bons produtos, com qualidade e preços razoáveis. Uma joia, tudo bem, pode custar caro. Mas uma bijuteria, que a pessoa compra como souvenir, deve ter um preço baixo”, diz.

Outra dica do consultor é ter vendedores que falem pelo menos inglês para atender ber aos turistas estrangeiros.

Parceria com grandes marcas pode ser boa saída para pequenas

A estimativa é que 7 milhões de turistas estrangeiros e 60 milhões de brasileiros visitem as 12 cidades-sede durante o mundial esportivo, segundo o consultor. Cada um deve realizar entre quatro a cinco viagens no período, e a maioria quer levar um pedaço do local visitado como recordação, diz o especialista.

Há oportunidades para empresas de todos os portes, já que há turistas dispostos a pagar mais por um presente, e outros que preferem comprar apenas uma lembrancinha.

Para o consultor, as grandes marcas de joalherias não terão dificuldades em comercializar seus produtos por serem mais conhecidas pelo público. Algumas, inclusive, por estarem presente em outros países, também atraem os turistas estrangeiros.

O pequeno empresário que produz bijuterias, no entanto, pode sofrer mais, segundo o consultor, até conquistar a confiança dos turistas. "Uma alternativa seria se aliar a uma marca famosa para expor suas peças no estabelecimento ou fazer uma parceria para produzir uma coleção juntos."