A Bolsa de Valores apresentou quedas sucessivas na última semana, ficando abaixo dos 120 mil pontos. Apesar da forte alta da sessão da última terça (24), de 2,2%, ela caminha de lado —o que deixa muitos investidores preocupados.
Para quem investe, contudo, a Bolsa está barata, segundo o economista Felipe Bevilacqua, analista da Levante Ideias de Investimentos. "Vou mostrar por que seguimos otimistas e por que achamos que a recente queda é uma oportunidade de compra", afirma o analista. Ele elencou abaixo, para os assinantes de UOL, os motivos para aproveitar a xepa da Bolsa. Veja.
1. Nem o Brasil nem o Ibovespa são uma ilha
Um dos pontos muito importantes para o investidor é entender que os movimentos de quedas e altas nos mercados não são isolados. As Bolsas globais costumam ter uma forte correlação, ou seja, dificilmente, quando as Bolsas globais estão em alta, assistimos a um movimento de forte queda na nossa Bolsa, por exemplo.
"Quando comparamos o resultado da nossa Bolsa com as Bolsas dos EUA (S&P), Rússia, México e Itália, temos que o Ibovespa tem uma queda de quase 2% do início do ano até hoje, enquanto essas outras Bolsas têm uma média de alta próxima de 17%. E essa diferença de quase 20% aconteceu no último mês, quando o Ibovespa se descolou dos mercados globais", afirma o analista.
"Na nossa visão, esse movimento de queda não tem fundamentos e abre uma oportunidade de compra para os investidores", afirma.
2. A Inflação está em alta, mas não é só no Brasil
As notícias de inflação em alta têm assustado alguns investidores, mas essa preocupação não é exclusividade do Brasil, segundo Bevilacqua.
"No último dado de inflação ao consumidor, vimos que a nossa inflação atingiu a casa dos 8,99% nos últimos 12 meses, marca que assusta. Todavia o processo de alta de inflação que estamos vendo está atingindo o mundo todo e tem como causa as paralisações que tivemos durante a pandemia e também a grande injeção de dinheiro que os bancos centrais fizeram no ano passado", afirma.
Os Estados Unidos, mercado de referência, está com inflação próxima a 4,5% nos últimos 12 meses. Olhando para os pares —países emergentes —a situação é parecida. O México, por exemplo, acumula inflação de 5,81%, e a Rússia, de 6,5%.
"Portanto, apesar dos números em alta, esse problema não é unicamente do Brasil, fato que não deveria derrubar a nossa Bolsa da forma que derrubou, e essa alta deve ser temporária", diz Bevilacqua.
3. O Brasil deve crescer forte em 2021
Nos últimos meses, a tensão política e os atritos também tomaram conta do mercado financeiro, mas, segundo o analista, o caos político sempre fez parte do cotidiano do brasileiro e isso não é diferente hoje.
"Além do mais, esses atritos, que muitas vezes derrubam os mercados, são apenas espuma, fumaça. Não mudam nada o fundamento da nossa economia, muito menos os resultados das empresas. Apesar de todo o barulho, estamos diante de uma forte retomada econômica por aqui. O Brasil deve crescer por volta de 5,5% em 2021 e, para ajudar, estamos diante da normalização do fluxo de pessoas com o avanço da vacinação, fato que deve colaborar ainda mais com nossa economia. Portanto, enxergamos como positivo o momento atual da economia brasileira", afirma.
4. A Bolsa está barata
Para Bevilacqua, a Bolsa está barata.
"Mostramos recentemente como as empresas que recomendamos estão reportando forte crescimento em lucro e outras métricas de rentabilidade como geração de caixa, por exemplo. Portanto, no tempo e contexto em que os lucros crescem, nossa economia está em forte retomada, a circulação de pessoas está voltando ao normal, fato que ajuda as empresas varejistas, a China continua em rota de expansão, o que ajuda as commodities", afirma.
"As ações caíram demais no Brasil, sem nenhuma mudança de fundamento, ou seja, abrindo uma boa oportunidade para o investidor. Então, mesmo nesse momento de alta volatilidade, fique tranquilo e confiante", afirma o analista.
O analista reforça as empresas recomendadas aos assinantes do UOL. Para quem ainda não pegou as recomendações de investimentos, elas estão aqui. O investidor deve considerar que Magalu sai das carteiras e é substituída pela Via —ex-Via Varejo. Além disso, agora, a Raízen entra na lista das indicações.
- Carteira quem não aceita risco algum;
- Carteira para quem tem perfil mais conservador, mas aceita um pouquinho de risco;
- Carteira para quem é mais moderado;
- Carteira para quem aceita mais risco;
- Carteira para quem aceita alto risco.
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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo analista Felipe Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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