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Escola de DJ dá aula para crianças e idosos e fatura R$ 40 mil por mês

Larissa Coldibeli

Do UOL, em São Paulo

19/11/2013 06h00

Desde o primeiro contato com uma mesa de DJ, aos 14 anos, a empresária Lisa Bueno soube que profissão queria seguir e começou a investir na carreira ainda na adolescência. Trocou a festa de 15 anos por equipamentos de DJ e passou a tocar em eventos por lazer.

Hoje, aos 32 anos, ela fatura R$ 40 mil por mês com a E-DJs, escola de DJs para crianças, adultos e idosos, de São Paulo (SP).

Bueno afirma que, ainda na adolescência, com a autorização dos pais, começou a viajar pelo país para tocar em eventos, já profissionalmente. “Naquela época, por volta de 1997, ainda não existiam tantas mulheres DJs, por isso surgiam muitos convites.”

A empresária diz que, ao ficar conhecida no meio, também passou a ser solicitada para dar aulas particulares a colegas da escola. E foi essa nova atividade que lhe garantiu o próprio dinheiro.

“Como eu gostava muito, meus amigos começaram a se interessar também. Meu quarto virou um estúdio e eu dei aulas em casa durante sete anos”, diz.

Em 2006, com o número de alunos crescendo, ela sentiu a necessidade de mais espaço e novos horários para as aulas. Foi quando ela fundou oficialmente sua escola de DJs no centro de São Paulo, com investimento de cerca de R$ 20 mil.

A E-DJs possui três estúdios e três professores, além dela. As aulas são individuais, duram uma hora e podem ser feitas de acordo com a disponibilidade do aluno.

O curso básico é de mixagem com vinil e CD, tem duração é de seis meses, com direito a uma aula por semana, e custa R$ 220 por mês.

A formação intermediária, segundo ela, aprimora o uso da mixagem com a equalização de efeitos. Com a ajuda de um software e de um notebook, o aluno consegue fazer mixagens com vinil e CD, por exemplo. O curso também tem duração de seis meses e custa R$ 250 por mês.

O curso avançado aprimora a performance do aluno nos toca-discos, ou seja, ensina manobras usadas em campeonatos de DJs, como o "back to back", em que ele vai de um disco para outro rapidamente, e custa 10x de R$ 390.

Os cursos podem ser feitos por crianças a partir de cinco anos e também por idosos. De acordo com Bueno, a procura pelo curso por idosos e crianças aconteceu de forma natural. “Como as aulas são individuais, isso ajuda a diminuir a vergonha”, afirma.

A metodologia de ensino é a mesma para todos os grupos, segundo Bueno. “Começamos a trabalhar a coordenação motora para manusear o vinil, depois o CD, passamos para a parte digital e como mexer nos equipamentos. Nosso foco é a música eletrônica.”

Ela diz que a aluna mais velha tem 89 anos e o mais novo tem 8 anos, mas a maioria dos alunos tem em torno de 20 anos. “Metade dos alunos procura a escola porque quer se profissionalizar e a outra metade porque gosta de música e vira DJ por hobby”, declara.

O público idoso representa 10% dos alunos e as crianças são cerca de 25%. Entre os alunos, também há famosos, como o modelo Matheus Verdelho e a ex-BBB Jaqueline Leal.

Avanço da tecnologia pode encarecer negócio

José Carmo Vieira , consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa), diz que é importante ficar atento às inovações tecnológicas para não ficar para trás.

“Os equipamentos hoje em dia são substituídos muito rapidamente. O que é caro hoje daqui a quatro anos custará a metade do preço. Mas é necessário ser rápido para sobreviver à concorrência”, declara.

Segundo o consultor, também é necessário ficar atento às metodologias de ensino, novos conceitos, DJs de sucesso, enfim, estar disposto a inovar para não perder mercado.

Por outro lado, ele considera positivo formar alunos desde a base, ou seja, crianças.

“DJ não é considerado um negócio da moda. É uma atividade que existe há mais de 20 anos. A diferença é que antes as pessoas aprendiam observando as outras, hoje é mais fácil se profissionalizar”, afirma.

Onde encontrar:

E-DJs
Rua 24 de maio, 116 - 1º andar - Centro - São Paulo - SP
Telefone: (11) 3331-0898