Petrobras despenca 14%; Bolsa cai 4,5% e passa a acumular perdas em 2018
As ações da Petrobras voltaram a registrar forte desvalorização nesta segunda-feira (28). Os papéis preferenciais da companhia (PETR4), com prioridade na distribuição de dividendos, fecharam em queda de 14,6%, a R$ 16,91, enquanto as ações ordinárias (PETR3), com direito a voto em assembleia, caíram 14,07%, a R$ 19,79.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 4,49%, a 75.355,84 pontos. É a maior baixa percentual diária desde 18 de maio de 2017, quando a Bolsa caiu 8,8%, após a divulgação de gravações envolvendo o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS.
Com isso, o índice atinge o menor nível de fechamento desde 22 de dezembro, quando tinha 75.186,53 pontos, e passa a acumular perdas no ano pela primeira vez (-1,37%). Na sexta-feira (25), a Bolsa havia caído 1,53%.
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Mercado teme perdas com greve
Investidores estava preocupados com os impactos nas contas públicas e também na Petrobras das medidas anunciadas pelo governo para encerrar a greve dos caminhoneiros.
Entre os pontos está o congelamento dos preços do diesel nas refinarias por 60 dais e mudança nos reajustes do combustível, que passam a ser mensais e não mais diários. Parte do mercado enxerga isso como uma interferência do governo na gestão da Petrobras.
Eletrobras despenca 9,5%
As ações da Eletrobras também tiveram forte desvalorização. Os papéis da empresa despencaram 9,52%, em meio à avaliação de maior fragilidade política no país, além da frustração dos investidores com a dificuldade do governo para seguir adiante com a privatização da companhia.
As ações do Banco do Brasil (-7,34%), do Bradesco (-4,23%), do Itaú Unibanco (-4,23%) e da mineradora Vale (-0,8%) também fecharam em baixa. Essas empresas, assim como a Petrobras, têm grande peso sobre o Ibovespa.
Dólar sobe 1,64%, a R$ 3,729
O dólar comercial fechou em alta de 1,64%, cotado a R$ 3,729 na venda. É o segundo avanço seguido da moeda norte-americana e a maior variação percentual desde 7 de dezembro (+1,73%). Na sexta-feira (25), o dólar havia subido 0,55%.
A valorização da moeda não foi maior por causa da ação do Banco Central, que manteve a atuação mais firme no mercado de câmbio iniciada na semana passada. Além disso, o feriado do Memorial Day fechava os mercados nos Estados Unidos e reduzia o volume de negócios no dia.
(Com Reuters)
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